sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Gerd Müller


Gerd Müller, nasceu a 3 de Novembro de 1945, em Nördlingen, Alemanha. Ainda criança, Müller dava os primeiros passos no mundo do futebol, integrando as escolas do  Nördlingen 1861, da sua cidade natal na Baviera. Em 1963, faz a sua estreia em jogos oficiais, obtendo um registo soberbo, com uns estrondosos 51 golos em apenas 32 jogos, o que valeu ao clube o primeiro lugar da sétima divisão alemã.

No ano seguinte muda-se para o Bayern de Munique, uma equipa nada semelhante ao que é hoje, uma vez que vivia na sombra dos rivais do Munique 1860. Os primeiros meses não correram de feição, uma vez que tardava a convencer o treinador Zlatko Čajkovski, porém o talento falava mais alto e com o tempo viria a ganhar espaço na equipa bávara, onde jogava ao lado e jogadores como Franz Beckenbauer e Sepp Maier.

O instinto de goleador do alemão, valeu-lhe a alcunha de bombardeiro, tendo apontando enumeros golos com a camisa do Bayern. Ainda assim, o Bayern estava longe de dominar o futebol alemão. Nas 14 temporadas de Müller na Bunderliga, o Bayern de Munique logrou vencer "apenas" 4 vezes, menos uma que o Borussia Mönchengladbach. FC Köln, Werder Bremen, TSV 1860 München, Eintracht Braunschweig e o Hamburger SV foram as restantes equipas a vencerem por pelo menos uma vez o principal campeonato alemão. Ainda assim, a nível internacional, a equipa bávara dava cartas, tendo conquistado a Taça dos Campeões Europeus três vezes consecutivas (1974, 1975 e 1976).

Em atrito com o treinador Pál Csernai, e já com 34 anos, o ultimo jogo do bombardeiro ao serviço da equipa bávara seria em 1979. Com algum cansaço acumulado pelos anos ao mais alto nível, Müller recusou uma proposta do Barcelona e decidiu partir para os Estados Unidos, encerrando a sua carreira no Fort Lauderdale Strikers, onde jogou ao lado de jogadores como George Best ou Teófilo Cubillas.


Após falhar o Mundial de 66 por opção, Müller teve a sua estreia pela Mannschaft no primeiro jogo da selecção pós mundial de 66, onde de resto sagrou-se vice campeã. O alemão não falharia o próximo Mundial, um Mundial que de resto ficaria para a história, não pela classificação final (3º lugar), mas pelo elevado numero de golos que Gerd Müller apontou: 10 golos, sendo o único jogador da Alemanha a balançar as redes no torneio. O avançado alemão viria a conquistar o Euro 72, organizado em solo belga, tendo sido o melhor marcador do torneio com 4 golos. Apenas 2 anos mais tarde, nova vitória para os alemães, desta vez no Mundial de 74, organizado precisamente em solo germânico. Com mais 4 golos apontados nesta fase final, Müller foi durante muito tempo o melhor marcador em Mundiais (14 golos), até 2006, quando Ronaldo o ultrapassou, apontando 15 golos num agregado de três mundiais.


Curiosidades:
  • Após pendurar as chuteiras, Müller abriu um bar na Florida, acabaria porém internado com problemas com a bebida;
  • Após perder todo o seu dinheiro, Franz Beckenbauer aceitou pagar todas as despesas clínica de reabilitação para o seu companheiro;
  • Hoje em dia, o outrora bombardeiro, trabalha na equipa técnica do Bayern de Munique;
  • Gerd Müller foi durante anos o melhor marcador da selecção alemã (68 golos em 62 jogos, tendo porém sido ultrapassado por Miroslav Klose em 2014 (71 golos em 136 jogos);
  • Müller é ainda hoje, o melhor marcador de sempre da Bundesliga: 365 golos, o que lhe confere uma média de 0,85 golos por jogo; 
  • É tio do actual avançado bávaro, Thomas Muller.

domingo, 26 de outubro de 2014

Ronaldo Nazário


Ronaldo Luís Nazário de Lima, ou simplesmente Ronaldo, nasceu no Rio de Janeiro, Brasil a 22 de Setembro de 1976. Proveniente de uma família humilde, Ronaldo começou a treinar no Flamengo, porém o preço das passagens impedia que Ronaldo continuasse no mengão. Ronaldo seguiu então para o São Cristóvão onde posteriormente teve o seu passe comprado por Jairzinho, ídolo brasileiro. Transferiu-se para o Cruzeiro onde viria a despontar para o mundo do futebol, tendo feito a sua estreia com apenas 16 anos. O seu primeiro golo seria num amigável frente ao Belenenses de Portugal. Em apenas dois anos, Ronaldo apontou mais de 40 golos pelo clube mineiro, ajudando a raposa a conquistar a Copa do Brasil e o Campeonato Mineiro.

As exibições de Ronaldo não passaram despercebidas aos clubes europeus e em 1994, o seu passe era comprado pelo PSV Eindhoven. Foi no Verão desse mesmo ano que Ronaldo foi convocado pela primeira vez para a selecção principal brasileira, tendo integrado o lote dos 23 que se sagraram campeões do Mundo no Mundial dos Estados Unidos. No entanto, com apenas 17 anos e com a concorrência de jogadores como Bebeto, Romário, Müller ou Paulo Sérgio, Ronaldo viu os 7 jogos do banco, não tendo jogado qualquer minuto.

Os dois primeiros anos no velho continente serviram para confirmar a veia goleadora do brasileiro, que apontou 54 golos em apenas 57 jogos. Em 1996 transfere-se para o Barcelona por 15 milhões de euros, um percurso similar ao que o seu compatriota Romário havia feito em 1993. Em Dezembro desse mesmo ano, fruto de uma primeira volta fantástica no clube culé, Ronaldo é eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo. Acabaria a época com mais de 40 golos, conquistando o pichichi do campeonato espanhol, prémio dado ao melhor marcador, contudo o campeão espanhol desse ano seria o rival Real Madrid com apenas 2 pontos a mais.

Em 1997 Ronaldo choca meio mundo ao trocar o Barcelona pelo Inter de Milão por 28 milhões de euros. Em Milão, Ronaldo depressa conquista os adeptos que o apelidaram de "fenómeno". É ao serviço do Inter que é eleito pela segunda vez o melhor jogador do Mundo. No Verão de 1998, Ronaldo ajuda o Brasil a conquistar o segundo lugar no campeonato do Mundo, perdendo para a França, naquele que foi um campeonato envolto em mistério, dado os problemas que assombraram o nº 9 da canarinha. Em 1999 Ronaldo tem a sua primeira grave lesão no joelho. Foram necessários meses de recuperação para que o fenómeno voltasse aos relvados. Em 2002 Ronaldo voltava a sagrar-se campeão do Mundo pela selecção brasileira, porém, ao contrário do que sucedera à 8 anos atrás, desta vez Ronaldo foi a figura da canarinha, apontando 8 dos 11 golos do Brasil na competição.


Ronaldo era campeão do Mundo, porém, no Inter de Milão as coisas não corriam de feição ao brasileiro, a má relação que tinha com o treinador Héctor Cúper, levaram Ronaldo a forçar a saída. O brasileiro pretendia regressar ao Barcelona, porém a crise que assombrava os blaugrana tornava o seu regresso impossível. O Real Madrid, eterno rival do Barça aceitou pagar a clausula de rescisão do fenómeno, que não pensou duas vezes e rumou à capita espanhola. Nesse mesmo ano foi eleito pela terceira vez o melhor jogador do Mundo pela FIFA. Em Espanha formou juntamente com Figo, Zidane, Raúl, Beckham, Roberto Carlos, entre outros os galácticos. Após 4 épocas e meia em Madrid, e após a chegada do holandês Ruud van Nistelrooy, Ronaldo perdeu espaço e rumou para Milão onde assinaria com o AC Milan. Contudo esta segunda passagem do brasileiro por Itália foi algo fugaz e sem história, para trás ficaram as várias lesões que sofreu ao serviço dos rossoneri.

Em 2008 fazia o seu regresso ao Brasil, onde assinou pelo Corinthians, tendo encerrado a carreira no clube Paulista em 2011.


Curiosidades:

  • Adepto do Flamengo, Ronaldo nunca jogou no seu clube do coração;
  • Ronado, foi o primeiro jogador a conquistar o prémio de melhor jogador da FIFA por três vezes;
  • Depois de ultrapassar os 14 golos de Müller em Mundiais, Ronaldo viu o também alemão, Miroslav Klose, ultrapassar a sua marca ao apontar o 16º golo em Mundiais em 2014;
  • Durante a sua passagem pelo AC Milan, Ronaldo foi diagnosticado com hipotireodismo, uma deficiência de hormonios produzidos pela glândula tiróide que provoca aumento de peso;
  • Hoje, Ronaldo é dono da 9ine, uma empresa de marketing desportivo, que conta com nomes como Neymar, Ganso ou o lutador Anderson Silva.